
É que eu sei os limites do que é real e do que é imaginação alheia. E me dizem que eu não posso ver, que inventei minha própria cegueira ou que eu vejo e finjo que passou em branco. Eu não sei mesmo o que pode ser, mas a verdade é que eu não confio no que não é explícito.
E me perguntam se isso tudo não vai de encontro ao que eu sempre acreditei: exclusão dos limites e adesão à espontaneidade. Vai, vai sim... mas o fato de querer magia, não quer dizer que tenha que seguir em busca da fantasia. Eu, apesar de tudo, sempre acreditei no que se pode provar. É a condição para a existência de algo.
Eu me vejo procurando vestígios do que nem sei se existe, como se estivesse tateando, às cegas, na escuridão total, algo que nunca soube o paradeiro. Não é fácil e quanto maior o tempo transcorrido, menor a chance de ser real. As pistas que me foram enviadas não são nada concretas, e eu, por não entender bem como funciona o acaso, acabo eliminando fontes que só fornecem dúvidas. Mas não seriam elas que me fazem continuar?
Os obstáculos que me foram apresentados talvez tenham papel crucial no meu trajeto pelo escuro. Eles me ajudaram a chegar do outro lado. E, mesmo que a linha que delimita o final me mostre a inexistência do objetivo inicial, eu ainda posso alcançar o inesperado, mas passível de se deixar atingir. Eu só preciso saber se quero.
“E o que é que você quer?”... algumas vozes me perguntam. Se é que eu posso definir: não sei se prefiro esperar ou aceitar tudo isso que, hoje, está ao meu alcance.
Às vezes sinto que não tenho mais muito o que dizer e, às vezes, pior... que eu ainda tenho tudo pra dizer. Eu não disse nada. É que eu já esperei demais.
E o que mais dois é que sabe quando tu confia em alguém,faz de tudo pra ver ela bem e ela só sabe te dar patas?;s,pois é... digamos que as coisas estão meio assim e justo com a pessoa que eu mais confio e defendo ;~